quarta-feira, 13 de abril de 2011

expansão

Despoleta de novo a dita “bolha de azeite” ou o corpo humano que se mexe numa superficie, planeta, tierra, ar, direcciones, água. Que corpo é esse? E suas traduções em cada um de nós? Um corpo em expansão? A expansao como maneira de dizer um corpo, um corpo em relação com as informações, que se des-limita e re-limita com estas.

A expansão começo a relacionar com a "Auréola", que é a graça de cada coisa ou pessoa supostamente perfeita (acabada), ou seja, o que introduz no acabado uma possibilidade suplementar que lhe indetermina os limites. Tu e eu, envelhecendo, não sabendo o que será amanhã. A bolha de azeite expande-se enquanto pode não ser bolha de azeite, enquanto pode ser “mais” e "menos” que uma bolha de azeite. Se a identificas morre ou deixa de ter movimento.

Também essa minha expansão acontece nessa continua intermitência em que me aproprio e des-aproprio – entre ser e não-ser - de mim mesmo, em um arrepiar do nada em mim e à minha volta, e um constituir-se do meu eu-entorno-eu em configurações mais ou menos sólidas, mais ou menos efêmeras. Na abertura para essa prática de possibilidade de nada, de não-ser eu – ou melhor, ser eu-outro - , um tremor de expansão acontece, numa vertigem que como limpeza ou chuva muda o que lá esta, ou o que era. É sim uma morte, às vezes tão pequena que vão caindo duas lágrimas doces, outras, o rasgar e a ruptura de estruturas que caindo em picado nos deixam espreitar um vazio que é a cara oculta da plenitude.

Habitar essa complexidade e essa simpleza que já está a ser em nós, essa maneira em que o ser e o não ser formam uma cadencia em que um da conta do outro. Compartilhar assim com os outros precisamente o que um pode também não ser (sendo). Diluído com. Com o outro alem e aquém, numa intimidade das distancias e das velocidades.

2 comentários:

  1. Lindo Lu!
    Parabéns pelas ideias, pelos sonhos, pelos alcances... Pelos jeitos...
    Abraço com carinho!
    Dri
    Ah, em junho vou a Lisboa e te vejo! :)

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  2. Não sei bem se é esse o teu/vosso sentido para esta morte pequena de lágrimas doces caindo... mas a mim soa a morte do que queremos largar, do que está como uma roupa apertada a "desconfortar" o corpo... e sim, doces mortes do existir-fazendo-estando-etc para renascer expandida, mais eu, mais ser.
    Lindo o texto :)

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